Gautama Buda,
3 de Abril de 2005
3 de Abril de 2005
EU SOU
Gautama e vim de novo através do meu Mensageiro.
Hoje quero-me debruçar sobre o tema das relações mútuas entre os membros das
diferentes comunidades e grupos religiosos.
É muito fácil estabelecer interiormente relações pessoais com Deus. E é muito difícil estabelecer
relações com outras pessoas que, ao que parece, seguem o mesmo caminho que
vocês e parecem ser vossos amigos. É
exactamente em relação a estas pessoas que é mais fácil encontrar ou receber
uma forte oposição ou desenvolver sentimentos negativos de ódio, inveja e
culpa. Porquê?
Muitos de vocês têm colocado esta pergunta e já tentaram em vão encontrar a
resposta.
Os vossos companheiros de Caminho são na realidade vossos parceiros kármicos. Têm vindo a encarnar juntos para que
possam tentar resolver as vossas contradições kármicas. Não há uma única dívida que não tenha
que ser paga. É por isso que,
quando alcançam um certo nível de realização espiritual, não podem passar
adiante até resolverem todos os problemas kármicos pendentes com os indivíduos
com quem se têm vindo a relacionar ao longo de dezenas ou centenas de vidas.
É por isso que, por um lado, se encontram em círculos de pessoas que se sentem
atraídas para os ensinamentos espirituais mas, por outro, essas mesmas pessoas
são vossos antigos devedores ou credores kármicos, cujas dívidas tem de ser
impreterivelmente saldadas.
Esta é a razão pela qual as contradições e conflitos em movimentos religiosos
geram um grau de hostilidade tal que parece que as pessoas que a eles pertencem
nada possuem em comum com os ensinamentos que dizem partilhar, mais parecendo
“servir o próprio diabo”. Uma vez que não
existem encarnações perfeitas, existe um pouco de Deus e do diabo no interior
de cada um de vocês.
A estrutura
kármica peculiar do planeta exige que a própria perfeição pura, ao encarnar no
vosso mundo, se veja confrontada com a dualidade espírito-matéria que conduz a
que alguns dos seus actos possam ser considerados como errados ou até mesmo
diabólicos.
A verdade
reside no facto de que as almas mais perfeitas, quando encarnam, atraem para si
próprias cargas kármicas imensamente pesadas de modo a aliviar o fardo das
pessoas a quem essas cargas pertencem. Daí a incompreensão e os vexames
sofridos por alguns Mestres ou grandes Almas quando encarnados no mundo físico
É por isso que hoje vos transmito este ensinamento que permitirá compreender
melhor a interacção entre as pessoas de uma mesma comunidade e as razões pelas
quais muitas pessoas, quando se vêm envolvidas neste tipo de problemas, em vez
de tentarem solucioná-los, optam por procurar outros grupos mais pequenos e
equilibrados onde eles não se coloquem. Fazendo isso, esquecem-se que, de
acordo com a qualidade das suas vibrações, elas serão atraídas para aquele tipo
de grupos e pessoas que mais rapidamente lhes poderão permitir a resolução das
suas dívidas kármicas.
Nem todos os problemas e imperfeições podem ser superados por meio de orações e
outras práticas espirituais. Algumas só
poderão ser superadas e ultrapassadas através da interacção com as
pessoas com quem se têm vínculos kármicos, mas começando sempre por fazê-lo no
interior da própria consciência.
É por isto que nunca deverão sentir raiva ou indignação quando vos parecer que
um dos vossos irmãos no caminho vos trata injustamente. Tendes aí a oportunidade de suavizar a
vossa dívida kármica para com essa pessoa da forma mais leve possível. Imaginem que mataram essa pessoa numa
vida anterior. E que, nesta vida,
essa mesma pessoa vos insultou apenas verbalmente, vos causou problemas numa
comunidade ou gerou condições de vida difíceis. É muito fácil compreender que as dívidas kármicas serão mais facilmente
ultrapassadas se aceitarem resignadamente essa situação, por muito difícil que
possa parecer, em vez de terem de ser mortos pela pessoa que mataram
anteriormente.
Deixem que Deus decida acerca da melhor maneira de reembolsarem as dívidas
kármicas. Deixem que Deus cuide
da vossa alma. Aceitem que todas
as provas e dificuldades que encontram na vida representam exactamente a melhor
solução para superarem as dívidas kármicas e progredirem mais rapidamente no
Caminho.
Por mais que corram de um grupo ou de uma comunidade para outra, à procura de
um lugar onde se sintam mais confortáveis, não encontrarão o que procuram em
lado nenhum porque a energia que emana das vossas auras não permitirá que se escondam
ou fujam da superação das dívidas kármicas. É
somente o ego que procura culpados exteriores para justificar os problemas. E até conseguirem quebrar a sua
resistência, apenas encontrar situações dolorosas que vos magoarão, causarão
emoções fortes e impedirão a cura das feridas espirituais.
Não podem
mudar significativamente os outros ou a vida na Terra, pelo menos no decurso de
uma única vida. Mas podem certamente mudar a vossa atitude para com as
circunstâncias da vida. E podem
também mudar a atitude para com as pessoas que vos insultam, ofendem ou cometem
acções injustas ou sórdidas contra vós.
Se forem feitos de ouro, continuarão a sê-lo independentemente das situações
sujas em que se encontrem ao longo da vida.
Cada um de vocês é como uma pepita de ouro. Todos
possuem a perfeição dentro de si. Mas
a camada de lama que a envolve não permite que os outros sejam capazes de
discernir em cada um a sua natureza Divina perfeita.
Será possível que um grupo possa criar relações que se conformam com os padrões
elevados do ensino dado pelos Mestres, Profetas ou Mensageiros? Claro que é possível, mas somente
quando todo o grupo avança em conformidade com o plano Divino e aspira a
materializá-lo sob a forma de serviços ao próximo ou serviços à vida em todas
suas manifestações .
O grupo formado por indivíduos que atingiram fases importantes no caminho
espiritual é sempre harmonioso e vazio de conflitos. Mas é necessário que exista entre os
seus membros, pelo menos uma pessoa com um nível de realização suficientemente
elevado para suscitar o exemplo e a inspiração aos seus irmãos.
Também acontece algumas vezes que, de repente, alguém comece a ver as coisas de
uma forma espiritualmente clara e aspire a transmitir a sua experiência aos que
lhe estão próximos no grupo, encontrando da sua parte não apoio ou alegria em
compartilhá-lha, mas um muro de
incompreensão e até acusações de orgulho e imperfeição.
Isto significa que, neste caso, o nível geral do grupo não lhe permite
reconhecer e aceitar as realizações do seu irmão. Desse modo, o grupo perde aquele que
poderia ser o seu farol espiritual, a pessoa que o poderia iluminar ou orientar
de modo eficiente.
Aparecem muitas situações diferentes no seio de grupos espirituais. Mas é necessário passar por todas
essas situações e aceitá-las, encarando-as como propostas do Criador destinadas
a proporcionar as melhores oportunidades para a superação das imperfeições de
cada um.
Na verdade,
cada um tem o que merece e o que necessita para se superar e, por isso, é
necessário que os sentimentos de desespero e tristeza sejam erradicados da
alma.
Efectivamente,
o processo de expansão de consciência pode acontecer muito rapidamente, em
poucos segundos. Só têm que
manter permanentemente na vossa consciência, a correcta orientação, a correcta
direcção e a correcta aspiração.
O objectivo destes ensinamentos é o de agitar a vossa consciência e mostrar-vos
a direcção certa a que devem aspirar.
Não prestem
atenção à camada de lama que cobre as almas. Sejam
capazes de discernir a natureza Divina por trás dessa camada de lama.
Tentem encontrar à vossa volta modelos de inspiração. Irão certamente encontrar nestes
ensinamentos muitas sugestões sobre como fazê-lo.
Desejo-vos sucesso no Caminho.
Eu sou o
vosso irmão Gautama.
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