Gautama Buda
10 de Junho 2010
Eu sou Gautama Buda.
Estou satisfeito com o nosso novo encontro!
Hoje, gostaria de me debruçar sobre
alguns aspectos da vossa psicologia nacional que podem constituir um obstáculo
ao avanço no caminho espiritual.
Existem certas características de carácter nacional que criam barreiras no caminho espiritual. Mais especificamente, refiro-me ao desejo irresistível de criticar qualquer iniciativa bem-sucedida. É como se se erguesse um demónio de cada vez que ocorre um fenómeno luminoso. Imediatamente, surgem pessoas de todo o lado com o único objectivo de escurecer e viciar essa Luz. E isto pode ser observado em todas as partes do globo.
Será que
reconhecem o que vos estou a dizer? Permitam-me apresentar um exemplo concreto da vida. Digamos que um vosso conhecido ou um vizinho faz alguns trabalhos
significativos para a sociedade. Por exemplo, cultiva o território, planta árvores, embeleza o
ambiente. Acham que essas actividades receberão um certificado de
mérito? Certamente que não. Imediatamente irão surgir pessoas que, sem serem notadas, vão tentar estragar aquilo
que de bom foi feito.
A razão para estas acções está
escondida nas energias kármicas depositadas na aura e que necessitam de ser
trabalhadas.
Exactamente o mesmo tipo de
energias que têm servido como despoletadores inconscientes de muitas conflitos,
rebeliões e revoluções.
Essas energias enraízaram-se tão
profundamente no inconsciente colectivo das nações que o deslindar desse
emaranhado kármico só pode ser feito com esforços colectivos.
E agora, quando a estratificação da
sociedade entre aqueles que têm e os que não tem começa mais uma vez a emergir,
essa energia negativa começa de novo a manifestar-se, principalmente no plano
dos pensamentos e sentimentos.
A ultrapassagem dessas energias
negativas é uma exigência evolutiva fundamental.
Eis um exemplo da vida quotidiana. O vosso vizinho comprou um carro novo ou fez uma reforma no
seu apartamento.
Em 90% dos casos, a vossa reacção
será negativa.
Irão experimentar a inveja ou outros
sentimentos afins. E é exactamente esta raiva e esta inveja que se coloca entre
o vosso presente e o maravilhoso futuro que os Mestres anunciam. Enquanto
permitirem que essas energias negativas se manifestem no vosso interior, jamais
conseguirão atingir a felicidade e paz espirituais. Esse é um dos principais ensinamentos
que eu forneci na minha encarnação como Gautama Buda.
Por que razão deveremos sentir-nos infelizes com a felicidade
dos outros?
É necessário que aprendam a regozijar-se
com a sua felicidade e a alegrar-se com as suas alegrias. Só assim serão capazes de adquirir as virtudes inerentes a um
espírito aberto e altruísta, independentemente da resistência gerada pelos
acontecimentos no plano da ilusão. É uma acção justa que irá gerar reflexos positivos nos
corações de todos os que convosco convivem. A auto-congratulação com a
felicidade alheia gera impulsos maravilhosos na alma das pessoas. Vocês têm que sentir quase fisicamente que a energia negativa
gerada pela inveja e pela ganância prejudica, em primeiro lugar, o vosso
próprio avanço pessoal ao longo do caminho espiritual.
Há um outro lado desta qualidade negativa que enreda
as pessoas e tolhe os seus impulsos espirituais. Refiro-me ao desejo de gastar o dinheiro sem controlo, nas coisas mais
frívolas e irrelevantes. O dinheiro é um equivalente da energia Divina no vosso
mundo e o modo como as pessoas o utilizam constitui um teste kármico por que
todos têm de passar.
E se as pessoas considerassem, pelo
menos por um segundo, que estão a criar karma pelo seu desperdício inútil da
energia monetária e que esse karma vai necessariamente recair sobre elas, nesta
ou numa próxima encarnação, sob a forma provável de pobreza e infelicidade, então talvez se preocupassem mais com o modo de
utilizar essa forma de energia Divina colocada à sua disposição. Se não estão
predispostos a acreditar na reencarnação, e não se preocupam com as próximas
vidas, então ao menos pensem nos vossos filhos e familiares que fazem parte do
vosso karma pessoal e que são negativamente afectados com o vosso desperdício
descontrolado da energia monetária.
Se tiverem meios financeiros ao vosso dispor, isso não
significa que podem ou devem gastar o que têm apenas em divertimento e lazer. Significa apenas que vos é dada uma oportunidade de gastar o vosso dinheiro correctamente,
isto é, sem desperdícios ou frivolidades e em práticas meritórias ao serviço da
vossa formação e do auxílio a terceiros. Só assim serão capazes de equilibrar o karma gerado nas
encarnações anteriores.
Em particular, devem utilizar a
energia monetária para o Bem Comum. A tentação do dinheiro só podem ser superada se o utilizarem
de modo razoável, o que vos permitirá também esgotar o velho karma e evitar
criar um novo.
E mais uma vez, reitero o que disse às pessoas que
experimentam a inveja e outros sentimentos negativos perante a abundância dos
outros. É muito
importante fazer um esforço de remoção de todas as energias negativas,
cultivando um sentimento de humildade
perante as situações e a capacidade de sentir alegria com as realizações dos
outros.
Compreendo bem que é mais fácil dar esses pequenos
conselhos do que aplicá-los. No entanto, a inevitabilidade de esgotar o karma
passado exige a presença de certas condições e o desenvolvimento de certas
qualidades.
Caso contrário, como acontece
normalmente quando a loucura ganha, vocês irão inevitavelmente atrair
cataclismos sucessivos para as vossas vidas como única forma de esgotar o karma
em regime acelerado. Nós ensinamo-vos um caminho mais fácil e seguro. No entanto, para muitos, estas vias parecem pouco atraentes e não se encontram na disposição de superar algumas
características internas do carácter, mesmo sob a ameaça de um cataclismo
global. Parecer-vos-á que nada vos ameaça, pelo menos, nesta
encarnação.
Neste caso, aconselho-vos a tentar ampliar os quadros da
vossa percepção e a ir além dos limites de uma única encarnação Então talvez vos seja mais fácil desenvolverem as melhores
soluções para eliminar o karma antigo e evitar criar karma novo. Ficarei
satisfeito se esta minha conversa de hoje for útil para o desenvolvimento das
vossas almas.
Eu sou Gautama Buda.
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