Senhor Surya,
26 de Maio de 2005
26 de Maio de 2005
EU SOU Surya e vim novamente a partir do Grande Sol Central
para vos contactar através desta Mensageira.
Vim dar-vos um importante ensinamento sobre o karma e a sua
transmutação.
Se olhassem para a Terra do ponto de vista dos Grandes Seres de Luz que habitam
a Eternidade, reparariam que o planeta e tudo o que vos rodeia, bem como os
vossos quatro corpos inferiores, nada mais representam do que karma. A
Energia Divina dispendida pelos humanos encarnados nos planos inferiores
durante o actual ciclo cósmico, ao passar pela sua consciência, é refractada,
tornando-se mais densa e criando o mundo material que vos envolve.
Este mundo manifesta-se gradualmente a partir dos planos mais subtis e cria um
palco gigantesco onde cada um desempenha os seus papéis. É a este palco que
descem, encarnação após encarnação, para desempenhar o vosso guião.
Portanto, sob esta perspectiva, pode-se dizer que o mundo material representa o
karma ou a energia cristalizada, gerada pelas acções, pensamentos e sentimentos
imperfeitos da humanidade.
No entanto, mesmo com a pouca experiência adquirida na vida actual, poderão
entender que será quase impossível aprenderem algo se nada fizerem na vida.
Enquanto encarnados, estão constantemente a adquirir experiência. É
impossível isso não acontecer, uma vez que a vossa presença no mundo material
tem exactamente esse objectivo - passarem por um treino e adquirirem
experiência.
Quando a vossa consciência atinge um determinado nível de evolução, ela
ajudar-vos-á a controlar o estado do mundo. Serão capazes de o
transformar, filtrando a Energia Divina que passa através de vós. Quando
a vossa consciência atingir um nível suficientemente alto, o mesmo acontecerá
às vossas vibrações. Canalizando-as para o mundo circundante, serão
capazes de o transformar e de o fazer aproximar cada vez mais dos padrões
Divinos.
A totalidade da existência parece uma “Leela” gigantesca, um
jogo Divino. Estando presente em cada um de vós, através do Eu superior,
o Senhor cria, primeiramente, um mundo ilusório que depois destrói numa
sequência sem fim. É um processo que pode ser comparado ao de uma criança, que
constrói um castelo de areia para a seguir o destruir e, depois construir um
outro, mais perfeito. A cada tentativa, as suas criações tornam-se mais
perfeitas, superando-se continuadamente e aperfeiçoando, cada vez mais, a
própria perfeição.
Sois como deuses e, nessa qualidade, têm oportunidade de criar e de produzir
imagens cada vez mais perfeitas ao longo da vida.
Muitas pessoas preferem seguir o seu próprio caminho, organizando a sua vida e
a realidade circundante de acordo com normas que estão longe da perfeição. Deus
permite-vos experimentar. Mais cedo ou tarde, acabarão por saber
distinguir aquilo que na vossa criação é belo e harmonioso e se mantém dentro
dos padrões perfeitos, do que é vil e feio e deve ser transformado.
Portanto, se preferirem orientar a vida por baixos padrões e não por modelos
divinos, têm permissão para o fazer.
Estão neste mundo para aprender a distinguir entre os padrões divinos e as suas
imitações imperfeitas. Deverão aprender a fazer essa distinção em todas
as esferas da vida. Sob as condições particulares do vosso mundo, tudo
aparenta ser dual, de modo que aquilo que, à primeira vista, parece ser positivo,
pode na verdade ser negativo (e inversamente) para a evolução da vossa alma.
É por isso que recomendamos que nunca façam julgamentos definitivos com a mente
carnal. O pior mendigo (de acordo com as normas da vossa consciência)
pode revelar-se afinal um homem espiritualmente rico, possuindo tesouros
inestimáveis no seu corpo causal. Esse indivíduo pode ter encarnado
intencionalmente, de modo a obter a experiência de uma existência miserável,
porque as suas anteriores encarnações não lhe tinham permitido adquirir esse
tipo experiência. Assumir consciente e voluntariamente uma existência
miserável pode ser uma realização espiritual muito elevada. Muitas almas
altamente evoluídas, tendo percebido o valor de tal experiência, decidem desistir
das suas propriedades e status social e tornarem-se voluntariamente mendigos.
Conhecem certamente muitos exemplos da história. Mencionarei apenas
Francisco de Assis e Gautama Buda. Se eventualmente se tivessem cruzado
com Gautama, sentado num banco de madeira durante a sua encarnação,
provavelmente pensariam estar perante algum mendigo insignificante, indigno da
vossa atenção. E teriam cometido um erro e perdido a oportunidade de
contactarem pessoalmente com o maior espírito da Antiguidade.
É por isso que a capacidade de fazer distinções, de
discriminar vos é tão necessária.
Há um outro exemplo. Como sabem, há pessoas detentoras
de grandes riquezas. Mas talvez não saibam que, para muitas, as suas
riquezas são a sua maior provação. Sabem como lhes é difícil suportar o
fardo das suas riquezas? Posso assegurar-vos que entre as pessoas muito ricas e
muito pobres existem almas altamente evoluídas e existem almas que durante um
longo período de tempo, se foram desviando do caminho Divino que lhes estava predestinado.
Os contrastes do vosso mundo e o abismo que separa os ricos dos pobres
são a prova do seu karma desequilibrado. Mas, ao mesmo tempo, por
paradoxal que pareça, isso cria óptimas condições para a evolução das suas
almas.
Sim, amados, o karma - embora esta afirmação vos possa parecer estranha - cria
condições muito boas para o desenvolvimento das vossas almas. Ele é uma
espécie de treinador, que vos coloca permanentemente sob pressão e não vos
permite relaxar. Assim, mantêm-se constantemente em boa forma e prontos
para se superarem no desenvolvimento das qualidades Divinas.
A riquezas e a pobreza extremas são, habitualmente, a consequência de um karma
pesado. Mas há casos em que um ser toma esse karma voluntariamente sobre si
próprio para esgotar mais rapidamente a sua carga kármica e, dessa forma,
contribuir para aligeirar o karma da humanidade
É necessário saber fazer distinções. A atitude mais razoável perante
riqueza e a pobreza deve ser uma atitude de imparcialidade e de suspensão de
quaisquer julgamentos prévios.
O factor básico é o estado da mente. Se aceitarem da
mesma forma a pobreza e a riqueza, essa é uma prova do vosso desapego em
relação às manifestações externas. Devem desenvolver em vós mesmos uma
atitude neutra em relação aos outros. Nem a riqueza nem a miséria
representam uma prova da evolução da alma. Mas a atitude perante a
riqueza e a miséria, essa sim, é uma evidência do nível das vossas realizações
espirituais. Quando a consciência humana lidar imparcialmente com a
questão da riqueza e da miséria, isso indicará que a humanidade já esgotou
muito do seu karma neste mundo. E não haverá pobreza nem riqueza na terra
por muito mais tempo.
Portanto, para vos dizer a verdade, a riqueza de alguns e a pobreza de outros é
apenas uma das consequências da vossa consciência imperfeita. Logo que a
vossa consciência supere esta imperfeição, não mais encontrarão na vida nem a
pobreza nem a riqueza excessivas.
Assim, a luta contra os ricos ou contra os pobres não faz sentido. A luta
que deve ser travada é com a consciência imperfeita que nega a pobreza e aspira
à riqueza. Não haverá pobres nem ricos, quando a consciência da maioria
desenvolver uma atitude correcta para com a riqueza e a pobreza.
A raiz da pobreza e da riqueza assenta no karma do excessivo
apego às coisas deste mundo. Podem voluntariamente assumir este karma e
começarem a esgotá-lo ou podem continuar a desperdiçar a Energia Divina gerando
ainda mais karma que se acumulará ao já gerado em encarnações anteriores.
Tudo em redor é a consequência do karma pessoal e do karma da humanidade,
produzido pelas vossas qualidades, manifestações, sentimento e pensamentos.
Mas, ao mesmo tempo, tudo isso cria esse fundo evolutivo que permite à
vossa alma ser testada e evoluir.
A existência pode parecer-vos absolutamente absurda e injusta. Mas talvez
vos conforte saber que muitos Seres de Luz vos “invejam” as óptimas condições
de que dispõem para a evolução das vossas almas. Muitos deles, de bom
grado, trocariam de posição convosco, caso tal fosse permitido pela Lei Divina.
A vossa tarefa central é desenvolverem uma visão mais ampla
sobre a evolução da alma, em particular, e sobre a evolução da humanidade e do
universo, em geral.
Ficarei satisfeito se a minha conversa de hoje puder contribuir para uma
mudança adequada da vossa consciência.
EU SOU Surya e envio-vos as minhas saudações a partir do Grande Sol Central.
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