Padre Pio,
19 de Abril de 2005
19 de Abril de 2005
EU SOU Padre
Pio e vim até vós através desta Mensageira. Talvez o meu nome seja desconhecido
para muitos.
Eu vivi na Europa no século passado e fui um sacerdote da Igreja Católica
Romana.
Tornei-me famoso graças aos dons recebidos do Espírito Santo, mas a maioria das pessoas conheciam-me devido aos estigmas que suportei durante quase toda a minha vida. Multidões vinham assistir às missas que eu celebrava só para apreciarem os meus estigmas. Recebi este fardo no meu corpo físico porque tomei essa decisão a nível interno, já que suportar esses estigmas era um desejo voluntário de minha alma.
Tornei-me famoso graças aos dons recebidos do Espírito Santo, mas a maioria das pessoas conheciam-me devido aos estigmas que suportei durante quase toda a minha vida. Multidões vinham assistir às missas que eu celebrava só para apreciarem os meus estigmas. Recebi este fardo no meu corpo físico porque tomei essa decisão a nível interno, já que suportar esses estigmas era um desejo voluntário de minha alma.
Ao recebê-los, tomei sobre mim ao
mesmo tempo uma parte considerável do karma do mundo.
Eu pertencia à Igreja Católica e servi-a durante toda a minha vida. Depois
da minha morte, muitas pessoas definir-me-iam como um modelo de devoção à
igreja e de obediência aos seus dogmas e regulamentos.
Ainda permaneci na igreja por bastante tempo, mesmo depois de ter sido privado
do direito de ouvir as confissões dos fiéis.
Foi a parte
principal do meu serviço. Durante
as confissões, tomei sobre mim uma parte do karma das pessoas que ouvia, de
modo a aliviar o seu fardo. Durante
as confissões, também tive a oportunidade de ver os reais motivos para os
problemas que as pessoas enfrentavam na sua vida e pude dar-lhes exortações
necessárias para as suas almas. Enquanto
as ouvia, falava não só com a pessoa que estava a confessar mas também com a
sua alma, tentando fazer o meu melhor para as aliviar do karma das suas acções
passadas, embora o termo “karma” não seja utilizado na Igreja do Ocidente cristão. No entanto, era capaz de perceber os
motivos para os sofrimentos das suas almas e esforcei-me por aliviar as suas
dores e para dirigir a mente externa do povo para o caminho certo, permitindo
que suas almas evitassem mais dores no futuro.
Muitas
pessoas consideraram-me como um modelo de humildade para a hierarquia da
igreja. Na verdade, não
abandonei a igreja durante os longos anos em que esperei que o meu direito de
ouvir confissões me fosse devolvido. Não
permaneci na igreja por ter sucumbido à injustiça cometida sobre mim pelas suas
autoridades. É que, naquela encarnação, não existia outra maneira de eu poder
servir o mundo activamente senão através da Igreja Católica Romana. Assim, como é que eu me poderia opor à
decisão das autoridades da igreja?
Seria essa realmente a minha luta? Deveria ter começado a lutar pelo meu
direito de servir o povo?
Achei justo que Deus me tentasse dessa maneira. E Ele fê-lo através das autoridades da igreja.
Deus privou-me do direito de usar o meu dom.
Foi Deus que o fez, e não as pessoas que, neste caso, eram apenas
meros executores da Sua vontade.
Portanto, a discussão que deveria ocorrer não é sobre a minha humildade e
obediência às autoridades da igreja, mas sobre a minha humildade e obediência à
vontade Divina.
Deus tem o direito de privar-nos de tudo a que estamos ligados, mesmo que
remotamente, de modo a testar-nos e a testar a nossa humildade e devoção à Sua
Vontade.
Existe apenas a vossa inter-relação com Deus ou com o diabo (o ego e os apegos materiais). Ambos estão no vosso interior. É por isso que é irrelevante o grupo ou o movimento religioso a que pertencem. A principal coisa é a vossa inter-relação pessoal com Deus.
Podem saltar de uma igreja para outra, de uma religião para outra, mas não
encontrarão paz para a vossa alma até que compreendam que tanto Deus como o
diabo estão dentro de vocês. Qualquer
religião externa com o seu sistema externo é apenas de importância secundária. Pode ser útil somente se vos ajudar a
resolver os problemas e questões internas, se ajudar a solucionar a questão
central da vossa inter-relação com Deus.
E devem sempre lembrar-se que, para além de fiéis genuínos, há pessoas em todas
as igrejas que apenas lá estão com o propósito de adorar o seu ego. Os fiéis genuínos são sempre poucos. Mas podem ser encontrados em qualquer
igreja e em qualquer religião, porque o poder e a influência de uma igreja são
baseados apenas na Luz suportada pelos seus homens santos. E se uma igreja os começa a
perseguir, está condenada a uma morte lenta, pois perde a base que a sustenta.
Assim, podem procurar novas religiões e novas pessoas, adquirir conhecimentos,
mas também podem permanecer no quadro das religiões e das igrejas tradicionais. A vossa opção deverá assentar
exclusivamente na aspiração interior e no modo como procuram descobrir e aceder
à Verdade interna.
E se as
vossas aspirações forem sinceras, encontrarão em qualquer confissão religiosa,
pessoas cujas vibrações estejam de acordo com as vossas e receberão delas
precisamente aquilo que, nesse momento, mais necessário for para a evolução da
vossa alma.
A probabilidade de encontrar falsos ensinamentos nas seitas exteriores às
religiões oficiais é igual à probabilidade de as encontrar dentro das religiões
estabelecidas.
É com as vossas vibrações e energias que atrairão as situações de vida que se
transformam em testes no vosso caminho e dos quais deverão tentar sair-se com
honra. Assim, não se esforcem
por encontrar Deus fora de si mesmos. Tentem
estabelecer inter-relações com Deus no vosso interior. E certamente encontrarão alguém que
vos dará o conhecimento necessário para o vosso Caminho.
Aprendam a escutar o coração, a identificar os numerosos lobos em pele de cordeiro
à procura de uma oportunidade para se apropriarem da vossa alma, dentro das
tradicionais confissões religiosas ou fora delas. Nunca há quaisquer garantias de que
as pessoas que encontrarem no vosso caminho, fora ou dentro dos limites das
igrejas oficiais, vos forneçam o que realmente precisam.
Encontrar-vos-eis exactamente naquelas situações de vida consentâneas com o
nível das vossas vibrações.
Se algumas pessoas acham necessário romper com os limites da igreja
tradicional, outras preferem permanecer no seu âmbito. Não porque a sua igreja seja
excelente, mas simplesmente porque será melhor para as suas almas inexperientes
sentirem-se integradas dentro de tradições estabelecidas. Essas almas podem ficar doentes com o
“ar fresco” e não suportarem as provações.
Não há e não pode haver conselhos que se apliquem a todos de modo uniforme. Cada ser humano encontra-se no seu
próprio nível de desenvolvimento evolutivo.
Assim, o que é bom para um pode ser simplesmente fatal para outro.
Gostaria de vos dar alguns conselhos para concluir.
Nunca se apressem para assumir responsabilidades financeiras com qualquer
organização. Nunca assinem
documentos ou acordos externos. As
vossas relações com Deus não podem ser baseadas em responsabilidades externas,
que limitem o vosso livre-arbítrio, em relação a qualquer igreja ou
organização.
Apenas vocês
podem decidir quanto dinheiro ou propriedade poderão entregar a qualquer
organização ou igreja. Nenhuma
organização no plano físico pode obrigar-vos a assumir responsabilidades
financeiras para a sua manutenção.
Para
encontrarem o Caminho para o Divino não precisarão de pertencer a qualquer
organização externa, a não ser que o façam em conformidade com a lei do país em
que vivem. Mesmo assim, não é obrigatório que essas organizações sejam
religiosas.
Podem ser outros tipos de organização destinadas a introduzir os
princípios da orientação Divina em qualquer esfera da vida: cuidados com idosos
e sem-abrigo, saúde pública, serviços médicos, educação ou quaisquer outras
actividades sociais ou humanitárias. A
vida é rica e variada e as diferentes esferas da actividade humana devem
basear-se nos mais altos princípios Divinos e não sobre os princípios do lucro.
Depende apenas de vocês
a escolha dos princípios que seguirão na vida, integrados nessas organizações.
E se forem capazes de construir uma organização
e conduzi-la em conformidade com os mais altos princípios Divinos, prestarão
muito mais benefícios à humanidade do que se dedicassem a vida inteira a rezar
num mosteiro.
O serviço prestado através de acções concretas sempre foi e sempre será uma das
formas maiores de oração.
EU SOU o Padre Pio.
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