A família deveria ser a guardiã dos mais altos ideais morais
Mestra Nada
26 de Junho de 2014
EU SOU Nada.
Vim hoje conversar tranquilamente convosco sobre algumas questões que dizem respeito a todos os habitantes da Terra.
Vim falar sobre a família, sobre o lar, sobre o que é uma parte indispensável da vida humana e sem a qual ela não seria nem completa nem harmoniosa.
Muitas pessoas estão decepcionadas com as suas famílias. Elas estão profundamente descontentes e algumas casas são autênticas câmaras de tortura.
Como explicar esta situação? Por que é que os filhos - o elemento mais sagrado para para os pais - não recebem o amor e carinho a que têm direito e crescem cercados de conflitos e até de hostilidade aberta?
Amados, nem sempre as coisas foram assim. E está em vosso poder restituir a harmonia, o amor e a paz à família.
Eu gostaria de falar sobre o papel da mulher na sociedade moderna. Eu gostaria que recordassem que a mulher é, antes de tudo, a guardiã da casa, a garantia da paz e tranquilidade no lar.
Quando uma família vive num ambiente de paz, harmonia e amor, será muito difícil que as forças opostas consigam criar na sociedade um constante medo do futuro.
É a família e o seu bem-estar que estão na base de uma sociedade saudável.
E a mulher tem um papel especial na família, pois é ela que cria o aconchego e o ambiente de amor e harmonia no lar.
É por isso que hoje me dirijo principalmente as mulheres. O seu papel na sociedade é cada vez mais fundamental. São elas que definirão os ideais em que as futuras gerações serão educadas. São elas que determinarão a base moral em que os filhos serão criados e em que a família se movimentará.
A pureza das relações entre marido e esposa promove automaticamente a saúde moral da família e dos filhos.
Quando os relacionamentos são baseados no amor verdadeiro, cada um será fiel aos mais elevados ideais morais; e neste ambiente, as crianças serão capazes de absorver o sentido do amor verdadeiro e genuíno. E essa qualidade do amor, absorvido com o leite materno, tornar-se-á parte integrante da sua vida.
Vocês já pensaram que a criação de um ambiente Divino no seio das famílias de um determinado país pode, no espaço de apenas uma geração, criar relações sociais assentes nos mais elevados critérios de moralidade?
Por isso, a família, as relações no seu seio e a atitude em relação às crianças é a área de intervenção fundamental para onde se devem dirigir os esforços da parte progressista da sociedade.
Na família, não existem questões secundárias. Tudo é importante. É importante planear o nascimento de uma criança, a sua criação e educação. É importante criar relações dentro da família que tenham essa educação como preocupação fundamental. Em tal ambiente, a geração futura absorverá tudo o necessário para aplicar em qualquer campo da vida.
Já pensaram realmente na razão pela qual duas pessoas se casam? No propósito do casamento?
A razão, a motivação que conduz um casal a criar uma família é um elemento muito importante.
Se as pessoas se casam apenas para ter relações sexuais e satisfazer legalmente os instintos sexuais, é muito provável que, após algum tempo, a família se torne um fardo e, literalmente, uma prisão…
Isto acontece porque (ao contrário do que muitos pensam), o prazer pessoal não conduz à verdadeira felicidade.
Se constituem uma família de forma ajudarem-se mutuamente a enfrentar a vida, a educar os filhos dentro de elevados padrões éticos, então, nesse caso, a vossa família aproximar-se-á do ideal Divino.
No entanto, para que a felicidade resida na família, é fundamental que se atribua uma importância central ao respeito pela Lei Moral maior – forma como a Lei Divina é designada na linguagem comum.
Assim, se viverem a vossa vida de acordo com a Lei Suprema, então os relacionamentos na família também estarão assentes em elevados padrões morais.
A tolerância e paciência são requisitos fundamentais para que marido e mulher possam ter uma vida longa e feliz juntos. Tolerância e paciência são qualidades que resultam da qualidade do Amor, o verdadeiro Amor baseado nos padrões Divinos.
Como decerto já repararam, tudo na
vida depende da forma como aplicarem a
Lei Divina à vossa existência.
E, em qualquer esfera da vida humana, há sempre duas abordagens possíveis: a Divina e a não-divina.
A família e a vida familiar não são nenhuma exceção a esta regra.
A família deveria ser a principal guardiã dos mais elevados ideais morais.
Se os motivos para iniciarem uma família forem os adequados e se, paciente e sistematicamente, mantiverem essa intenção ao longo da vida, alcançarão, sem dúvida, uma família forte, onde a felicidade será uma presença permanente.
E, como um dos principais objetivos da criação de uma família é ter filhos, deverão começar a planear o seu nascimento muito antes de os conceber. Pois, quanto mais virtuosa e pura for a relação entre marido e a mulher, maior a possibilidade de que os filhos alcancem grandes realizações espirituais.
Por que nascem actualmente tantas crianças e por que muitas se encontram insatisfeitas com os pais à medida que o tempo vai passando?
Isto acontece porque o processo de ter filhos é cada vez mais feito em rédea livre. Já ninguém considera que a concepção é o maior acto da Criação Divina. É exatamente no processo de conceber e dar à luz a crianças que os seres humanos mais se assemelham a Deuses.
Mas, o que acontece é que, na maioria dos casos, esse acto maior de criatividade reduz-se a um mero efeito colateral do prazer sexual.
E ainda se queixam dos vossos filhos depois disso? De acordo com a lei kármica, cada um atrai para seu filho, uma alma que corresponde às motivações do casamento e ao seu nível de consciência durante a concepção e gravidez. Durante os primeiros anos de vida do bebé, o papel da mãe é muito importante pois, durante esse tempo, as crianças absorvem literalmente os seus actos e pensamentos.
Se estiverem devidamente sintonizados, se as vossas motivações forem correctas, então, com cada criança que tragam ao mundo, obterão felicidade e méritos para encarnações futuras. E mesmo na vida actual, nos anos maduros, receberão os presentes merecidos da felicidade da família.
Mas se, as crianças mais não forem do que um efeito colateral do vosso prazer pessoal, então é improvável que sejam felizes e a felicidade se instale no vosso lar.
Nesta nossa pequena conversa, não me foi possível abordar todas as
questões importantes relativas à família
e infância.
No entanto, espero
ter conseguido mostrar a importância de certos aspectos
da vida.
Cada
passo que se dê tem consequências e
estas podem conduzir à felicidade ou infelicidade.
No fundo, cada um é responsável por criar a sua própria felicidade.
É apenas necessário manter a consciência constantemente centrada na sua unidade com o Divino.
EU SOU Nada
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